OSTEOPATIA
Numa altura em que se fala muito das Terapias Não Convencionais, a Osteopatia é uma das 6 terapias que estão a ser regulamentadas pelo estado português, para fazerem parte do nosso sistema de saúde. Mas o que é a Osteopatia? Para entendermos melhor o que é a Osteopatia é importante referir o que ela não é: – não é “estalar” ossos – não é ser “endireita” – não é Esoterismo – não é uma medicina alternativa “A Osteopatia é uma profissão de cuidados de saúde primários, que se foca no diagnóstico, tratamento, prevenção e reabilitação de transtornos músculo-esqueléticos e suas repercussões no estado de saúde geral do paciente.” Still, A. T. (1902) The Philosophy and Mechanical Principles of Osteopathy. A Osteopatia foi criada pelo médico americano Andrew Taylor Still no final do Século XIX, em que através da observação e investigação que realizou, encontrou uma correlação entre as patologias e as suas manifestações físicas. O princípio da Osteopatia é prevenir ou tratar distúrbios funcionais do corpo, excluindo doenças orgânicas que necessitam de intervenção terapêutica, medica, cirúrgica, medicamentos ou agentes físicos como infeções virais, degenerativas, bacterianas ou genéticas. A Osteopatia trata do corpo no seu conjunto. A sua ação passa por uma ligação fisiológica importante com o Sistema nervoso. O organismo é uma máquina vital, uma estrutura anatómica com funções fisiológicas, que permanecerá saudável enquanto a estrutura permanecer normal. Mas se a estrutura se alterar, ocorrerão efeitos adversos ao seu funcionamento. “… Há que tratar pacientes e não tratar doenças!…” Porquê o nome Osteopatia? Osteopatia não é uma doença ou não se refere a uma doença de ossos. É um termo que engloba os princípios básicos da ciência. Os ossos são a fundação sobre a qual as partes moles assentam. Os Osteopatas utilizam os ossos como pontos de referência para examinar o resto do corpo. Para quê ou para quem? As técnicas osteopáticas visam a aliviar os sintomas de condições relacionadas com as seguintes áreas: Sistema músculo-esquelético: reumatismo, lombalgias, entorses, tendinites, dores que ocorrem nas costas, pescoço, doenças que atingem as articulações, etc.; Sistema visceral: constipação, diarreia, flatulência; Sistema craniano: dores de cabeça, infeções crónicas de ouvido, tonturas, zumbido, sinusite crónicas, cólicas, etc. Existem também técnicas específicas e orientadas para o Desporto (osteopatia desportiva) e para crianças (osteopatia pediátrica). A Osteopatia ajuda o indivíduo a reencontrar a sua função natural dando mobilidade a todas as suas articulações. “Encontra a causa, remove-a e o efeito desaparecerá”. Cristina Coelho
OSTEOPATIA GESTACIONAL E GINECOLOGICA
O ciclo da mulher é gerido por um equilíbrio dos mecanismos fisiológicos dependentes, por um lado, do sistema nervoso autónomo, por outro lado de diferentes secreções hormonais assim como pela psique. O tratamento alopático proposto para os distúrbios funcionais é muitas vezes excessivo e raramente sem efeitos colaterais. De facto, no caso de uma disfunção mecânica, o medicamento vai tratar os efeitos e não a causa, o que resulta que as mulheres são levadas a tratamentos cada vez mais penosos. A osteopatia, no entanto, porque se baseia no princípio da causa e efeito, pode ser importante nos desequilíbrios ginecológicos que perturbem a mulher em sua vida mais íntima. Inicialmente, o osteopata trata de forma holística, o que muitas vezes é suficiente para resolver um problema ginecológico. Por exemplo, algumas dismenorreias podem também vir de uma disfunção do sacrilíaca. O fundador da osteopatia, A. T.Still, , defendia que para manter ou recuperar a saúde, o movimento é a vida, e que qualquer restrição da mobilidade leva à perda de função. Isto aplica-se nem só na parte estrutural do ser humano como nas vísceras. Disfunções do foro ginecológico tal como TPM, Amenorreia e dismenorreia podem ser tratadas com Osteopatia, além de outras patologias tal com problemas de Infertilidade. Na gravidez, a Osteopatia utiliza técnicas manuais leves e não invasivas, mantendo o equilíbrio neurovegetativo e facilitando a adaptação aos novos volumes internos das vísceras. A Osteopatia na Gravidez melhora o desenvolvimento fisiológico do feto, o estado de saúde físico e emocional da mulher grávida preparando-a para o parto. A Osteopatia também tem um papel fundamental no Pós-parto. A Segurança da mãe e do feto são prioridade do Osteopata
Cristina Coelho
OSTEOPATIA PEDIATRICA
O parto pode ser dos primeiros traumas que o bebé tenha. Parto longo ou curto, pode prejudicar o funcionamento das estruturas cranianas. Por vezes difícil, necessita de fórceps ou ventosas que vão influenciar a mobilidade das articulações do crânio e causar perturbações funcionais imediatas e subsequentes. Muitas vezes, os recém nascidos nascem com a cabeça ligeiramente deformada, crânio tipo “ovo”, um olho mais fechado que o outro, uma orelha mais para a frente, o nariz ligeiramente esmagado…. Os pais acham que vai passar… Aparentemente sim, mas o equilíbrio do crânio está quebrado e é uma disfunção do foro osteopático. Nos EUA, a Dra Viola Frymann estudou numa maternidade californiana 1200 bebés até aos 5 dias de idade. 12% tinham o occipital bloqueado. Cada nascimento deveria ser seguido de um exame osteopático, como já existe na Suíça por exemplo. Quando devemos fazer consulta com bebé? – Quando houve um parto com epidural ou provocado – Quando o parto demorou muito tempo (mais de 8h) ou tempo a menos (menos de 2h) – Em caso de nascimento duplo (gémeos) – Quando a apresentação do bebé foi pélvica, frontal ou transversal – Quando a cabeça foi puxada com muita força – Quando nasce com o cordão umbilical à volta do pescoço – Quando houve força em cima da barriga da mãe para ajudar na expulsão – Utilização de fórceps ou ventosas – Cesarianas de urgência – Sofrimento fetal, reanimação do bebé Aprende a observar o seu bebé e faça uma consulta caso: – Arqueia-se muito para trás quando pegado ao colo ou a comer – Bebé assustado com qualquer tipo de barulho – Dificuldade em segurar a cabeça – Choro intenso – Problema de sucção – Má digestão – Cólicas / Obstipação – Queda – Má posição dos pés – Cabeça posicionada sempre do mesmo lado – Otites, bronquite, sinusite, respiração forte Crianças – Tudo o que acontece no parto tem reflexo no crescimento da criança e do próprio adulto. Todos os sintomas, disfunções e patologias referidas para os recém nascidos também podem ser tratados em crianças mais velhas, e até adultos. TRATAMENTO OSTEOPÁTICO: um exame manual suave das diferentes mobilidades fisiológicas (crânio, sacro, abdómen) onde poderá ser detetado disfunções menores na origem desses distúrbios. Mesmo que a criança não apresente sintomas, um tratamento osteopático é preventivo no bom crescimento do seu bebé. Cristina Coelho voltou ao ZEN & TERAPIAS, agora com este trabalho…